Enquanto a Petrobras aguarda autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para realizar a Avaliação Pré-Operacional (APO) na Margem Equatorial da Foz do Rio Amazonas, o Governo do Amapá já se mobiliza para garantir uma estrutura de resposta rápida em caso de emergências em saúde durante uma eventual exploração de petróleo na região.
Representantes da estatal estão realizando reuniões por videoconferência com as secretarias estaduais de Saúde (Sesa) e Segurança Pública (Sejusp) para alinhar detalhes operacionais para eventuais atendimentos de urgência em terra firme de pessoal embarcado, distantes a mais de 500 quilômetros da costa do Amapá.
Na última reunião realizada na sexta-feira, 4, foram expostos aos representantes da petrolífera todo o aparato que o Governo do Estado possui para suporte médico, como transporte aéreo a ser utilizado em simulados prévios à operação na região da Foz do Amazonas. Essas diretrizes são fundamentais para testar a capacidade de resposta a incidentes.
De acordo com o secretário de Representação do Governo do Amapá em Brasília, Zico Araújo, a administração estadual está comprometida em oferecer total apoio à operação.
“O estado dará suporte em todas as ocorrências de tráfego aéreo relacionadas, principalmente, à saúde. Nosso compromisso é de 100% com essa iniciativa junto à Petrobras”, enfatizou o gestor.

O Governo do Amapá já concedeu a licença de autorização oficial à Petrobras, para operar no Centro de Triagem, Reabilitação e Reintrodução de Animais Silvestres (Cetras), em Oiapoque. O documento foi expedido na última sexta-feira, 4, pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
O Cetras, que já está pronto para operação, foi construído para atender animais silvestres, especialmente aqueles afetados por incidentes relacionados a atividades petrolíferas, como a fauna oleada.
Simulados e resgate
O primeiro simulado de emergência está programado para o mês de maio, com uma segunda simulação prevista para junho, ambas com participação do Ibama. Os testes serão fundamentais para validar os protocolos de segurança e a integração entre os órgãos envolvidos.
Uma das sugestões da Sesa, é que a estrutura para atendimentos à saúde seja reforçada em Oiapoque, no distrito de Vila Velha do Cassiporé, a cerca de 140 quilômetros da sede do município. Para isso, a gestão estadual vai reestruturar toda a rede de atendimento médico-hospitalar da região.
Atualmente, o Estado dispõe de três aeronaves para operações de busca e salvamento: uma do Grupo Tático Aéreo (GTA), que atua em áreas remotas, além de um avião e um helicóptero, ambos com operação restrita ao período diurno. Quanto aos atendimento médicos, a Sesa já busca aprimorar o fluxo de atendimentos de urgência e emergência nas unidades, para garantir suporte rápido e especializado na região.
A expectativa é que, com a realização segura dos simulados e o aval do Ibama, a Petrobras inicie a fase exploratória na Margem Equatorial, apontada como uma possível nova fronteira petrolífera do país. Até lá, o Governo do Amapá segue reforçando sua estrutura para garantir segurança e agilidade em qualquer eventualidade.
Foto Divulgação GTA